quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Gestão amadora

O campeonato de baixíssima qualidade técnica está quase no final. O Flamengo, apesar do ex-técnico, Joel, ter dito que tinha um grupo forte, ficou, e ainda está devendo, dentro e fora dos gramados. A grande expectativa da maior torcida do mundo é que o atual grupo político seja derrotado nas urnas.

A falta de habilidade de unir a oposição demonstra o quanto há de interesses sem que se pense no melhor para o Clube. Agremiações menores acabam se beneficiando por contarem com o alinhamento dos profissionais, em diversas instâncias administrativas, nos momentos de crise. No Flamengo, crise é uma palavra que nunca sai de moda em decorrência dos interesses pessoais dos dirigentes. 

Mesmo a desgastada fórmula usada no passado ("para abafar resultado ruim no futebol, é só contratar um jogador de peso") já está vencida. Adriano é jogador de peso, com perdão do trocadilho, mas, ainda que estivesse no auge da forma, não iria resolver os problemas extra campo, como nem o melhor elenco de todos os tempos que o Clube teve no passado conseguia. A diferença é que o "extra campo", a infraestrutura administrativa, tornou-se um dos principais diferenciais das equipes de sucesso mundo afora.

No entanto, a realidade do futebol no país é diferente... O Flamengo é diferente... 

Ficam, por fim, alguns questionamentos: por que no passado se trouxe a ISL, grande grupo no marketing esportivo, para ser parceira do Clube? A realidade do país não era/é singular?

Além da real necessidade de se trazer "dinheiro novo", por que se pensa que o formato de comercialização da marca Flamengo no mundo será beneficiada com uma nova fornecedora de material esportivo? Os modelos gerenciais das outras agremiações, às quais ela serve, são diferentes do que prevalece no Clube... Triste ciclo com estações previsíveis.

De tudo, resta apenas um consolo: o competente trabalho de Zinho no meio de dirigentes amadores. Com a benção de Todos os Santos, em especial de São Judas, esperamos o velório do atual grupo político na Gávea.