domingo, 4 de novembro de 2007

O milagreiro

Segue trecho da coluna de Renato Mauricio Prado:

Lá da Turquia, o maior jogador rubro-negro de todos os tempos dispara e-mail categórico sobre o pentacampeonato do Flamengo:
“Renato, depois de ler a sua coluna sobre esta polêmica do penta - e concordo plenamente com tudo que você escreveu -, não poderia deixar de me manifestar a respeito, principalmente porque tenho, na minha sala de troféus, a verdadeira Copa União, que me foi presenteada pelo Juca Kfouri, no dia da minha despedida do futebol.
Uma briga entre dirigentes, fora dos campos, levou a essa palhaçada. Mas nós, jogadores, e não os cartolas, ganhamos o título de 87 dentro do campo, com muito suor, derrotando vários adversários e o Inter, na final, e isso é o que importa.
A torcida sabe, a imprensa sabe. Títulos são conquistados dentro do campo e não por canetada de pessoas que fizeram história no futebol, mudando regulamentos e tendo atitudes que quase nunca beneficiaram o esporte. Um grande abraço, Zico”.

Você sabia que o CND (Conselho Nacional de Desportos), à época presidido pelo vascaíno Manoel Tubino, reconheceu o título brasileiro do Fla, em 1987?
Você sabia que a Taça da Caixa Econômica Federal (o tão polêmico “troféu das bolinhas”) só foi entregue aos campeões brasileiros até 1992 - ano em que o Fla conquistou o penta?
Sintomático, não? Basta checar nos arquivos e ver se, depois disso, alguém a recebeu, quando foi campeão brasileiro. Pois é…

Aliás, desde 1992, o regulamento do Campeonato Brasileiro sequer faz menção a respeito de qualquer troféu para ser entregue a quem conquistar o título cinco vezes. Por que será?
Tirada filosófica do Bagá, coçando a pança, em meio às obras do metrô, na Praça General Osório:
- É não é que, após a rodada do meio da semana, o Fla-Raikkonen já apareceu em terceiro, graças às travessuras de um bando de “Hamiltons” na pista?