Nos EUA, é chamada de imprensa amarela, mas o significado é o mesmo: veículos sensacionalistas que distorcem os fatos com o intuito de promover as vendas e agradar o público.
Como uma praga, observa-se em quase todas as nações esse tipo de proposta jornalística, mas, é no meio esportivo que encontra um acolhedor espaço. Antes da TV, era comum entre os radialistas a transmissão de jogos da seleção do Brasil criando situações fantasiosas com o propósito de fazer os ouvintes acreditarem que o esquete canarinho era imbatível e jogava sempre no ataque! Com a transmissão de imagens, tal prática tornou-se pouco útil, porém o ufanismo e o apelo populesco prevalecem não só nos jogos do selecionado nacional, como também durante os certames de agremiações.
Assim o foi há 10 anos atrás, na maior metrópole Brasileira. Durante a final dos estaduais, toda a nação vibrou com o épico gol de Petkovic aos 43 minutos do segundo tempo que deu o título do campeonato carioca ao Flamengo. Título simples, a princípio sem muito valia. No entanto, o treinador, Zagallo, um colecionador de títulos mundiais, afirmou que valeu como se fosse a conquista de uma copa do mundo!
Quando se encerraram as partidas e se convergiu para o estúdio, o apresentador de auditório, ex-obeso, sempre ufanista, sem ter o que articular, sorria ao ver uma famosa apresentadora loira vibrar, gritar, tremular uma bandeira do Flamengo! Apenas a praça paulistana havia ficado com um insosso jogo que já havia determinado o campeão local sete dias atrás...
Lá eu estava e testemunhei: nenhum veículo - rádio ou TV aberta - transmitiu o jogo ao vivo para o estado mais rico da nação! Poucos, os que dispunham de TV por assinatura, ou - como foi o meu caso - ligaram para suas residências e pediram que os familiares narrassem o jogo pelo telefone. Via interurbano, soube o que estava acontecendo no Maracanã naquela tarde de domingo!
Na terra da garoa, apenas na segunda-feira os comuns puderam apreciar a magnitude do evento do domingo carioca, quando as imagens propagavam-se além do cosmos.
Lá eu estava e testemunhei: nenhum veículo - rádio ou TV aberta - transmitiu o jogo ao vivo para o estado mais rico da nação! Poucos, os que dispunham de TV por assinatura, ou - como foi o meu caso - ligaram para suas residências e pediram que os familiares narrassem o jogo pelo telefone. Via interurbano, soube o que estava acontecendo no Maracanã naquela tarde de domingo!
Na terra da garoa, apenas na segunda-feira os comuns puderam apreciar a magnitude do evento do domingo carioca, quando as imagens propagavam-se além do cosmos.
Não é privilégio de grandes grupos de comunicação, tampouco de regiões abastadas, de serem providos com jornalistas colorizados. Do nordeste Brasileiro, nasceu o programa televisivo que produziu um efeito cascata em todo o país no horário do almoço. O que muitos não sabem é que as raízes estão na crônica esportiva, de onde a produção do espetáculo de horrores é nativa.
Ainda hoje, os produtores continuam a gerar crias, em mono tons vibrantes... As sementes germinam, inclusive, nos opositores, gerando monstros midiáticos ainda mais horrendos, para deleite do público, que aguarda passivo a aurora do idílico ano de 2014.
Para frente Brasil...
Ainda hoje, os produtores continuam a gerar crias, em mono tons vibrantes... As sementes germinam, inclusive, nos opositores, gerando monstros midiáticos ainda mais horrendos, para deleite do público, que aguarda passivo a aurora do idílico ano de 2014.
Para frente Brasil...