Vive-se no futebol a era dos "espetáculos". O drible, sem objetividade, os passes de efeito - que pouco resultado geram, e muito dificultam o domínio da bola pelo companheiro -, as coreografias em frente da câmera, a vibração da torcida, tudo em alta velocidade e no ritmo de "baladas".
Esse verbete, nos antigos dicionários léxicos, possuía outra conotação que em nada se assemelha à atual, muito próxima a de "festa, agitação" ou, no péssimo futebolês, "barca"!
O compromisso dos jogadores resume-se a assinar um contrato com times de projeção na mídia nacional para conseguir uma transferência para a Europa. Os menos "afortunados", seguem para os mercados marginais: Russia, Coréia, México, Japão, dentre outros.
O fato é que nenhum clube Brasileiro pode ignorar o impacto da venda de jogadores na receita anual. Atolados em dívidas e comprometidos por gestões com interesses escusos, com dificuldade têm conseguido manter fiel o torcedor. Mas, a que preço?
Esse verbete, nos antigos dicionários léxicos, possuía outra conotação que em nada se assemelha à atual, muito próxima a de "festa, agitação" ou, no péssimo futebolês, "barca"!
O compromisso dos jogadores resume-se a assinar um contrato com times de projeção na mídia nacional para conseguir uma transferência para a Europa. Os menos "afortunados", seguem para os mercados marginais: Russia, Coréia, México, Japão, dentre outros.
O fato é que nenhum clube Brasileiro pode ignorar o impacto da venda de jogadores na receita anual. Atolados em dívidas e comprometidos por gestões com interesses escusos, com dificuldade têm conseguido manter fiel o torcedor. Mas, a que preço?
As agremiações, por mais paradoxal que pareça, têm se profissionalizado. Raras são as que não estão cercadas de empresários - neo senhores de escravos -, que escalam time, montam DVD com gols dos agenciados e articulam parcerias, inclusive com a mídia. Dignos de aplauso são os profissionais que conseguem manter o espírito amador na conduta esportiva e reconhecer que inexiste neutralidade sendo, pois, essencial dar conhecimento ao público do que ocorre nos bastidores.
Vale frisar que o "público", por sua vez, também já não é o mesmo de outrora. Canções de guerra ecoam em estádios vázios em contraste com os muitos inquéritos policiais para investigar as ligações de torcidas organizadas com o crime. Igualmente não menos infames são as aproximações com a diretoria dos clubes.
Muitos dirigentes alavancam suas carreiras e seu patrimônio pessoal com a força das torcidas que são incitadas a vaiar ou a incentivar os atletas que convêm ser mantidos no elenco ou não (peço licença ao saudoso João Saldanha e aos mestres da Língua Portuguesa para retificar o grifo pelo verbete "plantel", mais apropriado para descrever os indivíduos do meio futebolístico contemporaneamente).
O ciclo vicioso consolida-se ao se observar que grupos internacionais têm nos políticos de alto escalão a pedra fundamental para desenvolver parcerias... Uma perfeita sintonia do público com o privado!
Será que há espaço para o amadorismo no futebol?